O IDEIA destaca importância da educação diferenciada em seminário sobre o Plano Nacional de Educação 2024–2034.
Presidente do IDEIA alerta para importância da educação diferenciada em seminário do PNE 2024–2034 na Assembleia Legislativa de Roraima. Prof. M.e. George Brendom Pereira dos Santos destacou desafios da Educação Escolar Indígena e defendeu políticas que respeitem a realidade das comunidades amazônicas.
ASCOM
5/8/20242 min read


Educação na Amazônia
Boa Vista (RR), 23 de agosto de 2025 .
O presidente do Instituto de Desenvolvimento e Inovação da Amazônia (IDEIA), Prof. M.e. George Brendom Pereira dos Santos, participou nesta sexta-feira (22) do Seminário Estadual de Debates sobre o Plano Nacional de Educação (PNE) 2024–2034, realizado na Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR).
O evento foi promovido pela Comissão Especial da Câmara dos Deputados, em parceria com parlamentares, gestores públicos, especialistas e representantes da sociedade civil.
Representando o IDEIA e a sociedade civil organizada de Boa Vista, o Prof. M.e. George Brendom ressaltou a necessidade de que o novo PNE contemple a realidade das comunidades indígenas, ribeirinhas e do campo, garantindo o direito à educação sem desconsiderar as particularidades culturais, sociais e geográficas da região amazônica.
“Educação diferenciada não é privilégio, é reconhecimento da realidade. Se o plano nacional não considerar as especificidades locais, especialmente em áreas indígenas e rurais, corremos o risco de ampliar a evasão escolar e distanciar o aluno da própria escola”, afirmou.
Durante sua fala, o educador destacou sua experiência como professor efetivo da rede estadual de Roraima, atuando diretamente na primeira Escola Indígena de Tempo Integral de Boa Vista. Ele lembrou os desafios de infraestrutura e a dificuldade de acesso a profissionais qualificados e equipamentos adequados, fatores que comprometem o funcionamento das instituições fora dos grandes centros urbanos.
Outro ponto de preocupação foi o artigo 23 do PNE, que trata da criação do Sistema Nacional de Educação. O professor alertou que a unificação sem considerar as diferenças regionais pode desrespeitar os modos de vida das comunidades tradicionais: “Se a escola não dialogar com a realidade das famílias, corre o risco de se tornar uma imposição cultural, e não um espaço de fortalecimento comunitário”, destacou.
Além disso, George Brendom chamou atenção para os atrasos na implementação das escolas em tempo integral, que ainda não alcançaram as metas previstas. Sua própria instituição indígena aguarda há mais de dois anos a conclusão de obras essenciais para atender à demanda de estudantes.
O Instituto de Desenvolvimento e Inovação da Amazônia (IDEIA) reforça, com esta participação, seu compromisso de contribuir ativamente para a construção de uma educação nacional inclusiva, plural e que dialogue com as realidades da Amazônia e do Brasil.


